Exorcismo – batalha entre o bem e o mal

“O exorcismo é uma forma de caridade e benefício para as pessoas que sofrem; isto entra sem dúvida nas obras de misericórdia corporal e espiritual”. Padre Gabriele Amorth

Em 13 de junho de 2014, a Congregação vaticana para o Clero aprovou os estatutos de uma nova organização católica: a Associação Internacional de Exorcistas, fundada pelo famoso exorcista italiano Pe. Gabriele Amorth. A aprovação desta nova organização pelos mais altos níveis hierárquicos do Vaticano é um sinal claro da seriedade com que a Igreja católica trata a realidade das forças demoníacas.

“A aprovação [da Associação Internacional de Exorcistas] é um motivo de alegria”, disse o Pe. Francesco Bamonte – exorcista da diocese de Roma, explicando que: “Deus chama alguns padres ao ministério precioso do exorcismo e da libertação, dando a eles a tarefa de acompanhar as pessoas que precisam de atenção espiritual e pastoral específica”.

O ministério do exorcismo é um exercício do ministério de Cristo focado na libertação, além de ser um sinal da sua vitória sobre o mal no mundo. Muito embora, algumas pessoas prefiram minimizar a questão da possessão demoníaca e reduzi-la a nada mais do que epilepsia ou doença mental, por exemplo.

A possessão demoníaca não é apenas real, mas, à medida que a prática do cristianismo vai minguando e o fascínio com o ocultismo vai crescendo e se expandindo, a necessidade do exorcismo se torna cada vez mais premente. Jesus Cristo é o grande vencedor sobre o poder de Satanás. Segue-se, logicamente, que, quando a fé ativa em Cristo diminui, as forças das trevas se sentem mais fortes para atacar.

Em matéria recente, o jornal norte-americano The Washington Post observou que o Papa Francisco fala literal e abertamente sobre o diabo com mais regularidade que qualquer outro papa desde Paulo VI.

Durante uma homilia no último mês de abril, o Papa Francisco citou seus próprios críticos, dizendo: “Mas, padre, como o senhor é antiquado por continuar falando sobre o diabo em pleno século XXI!”. O Papa lembrou então aos ouvintes que eles não devem se deixar enganar pelas mentiras de Satanás. “Fiquem atentos, porque o diabo está presente”, alertou.

Em maio de 2013, o Papa Francisco abençoou uma nova imagem do Arcanjo São Miguel nos jardins do Vaticano, orando especialmente pela sua proteção na batalha contra Satanás. O fato de o Papa Francisco levar tão a sério o problema mostra que a realidade do mal demoníaco não pode ser limitada por rótulos.

Se a batalha espiritual é cada vez mais aberta, a necessidade de exorcistas e de um Papa que seja “o flagelo de Satanás se torna ainda mais real. Se este é o caso, podemos esperar ainda mais ensinamentos do Papa Francisco nos alertando contra o demônio. E, junto com o Papa, todos os sacerdotes e leigos católicos também precisam se armar para a batalha do bem contra o mal.