A Confissão… Por quê?

A vidente Marija Pavlovic (Medjugorje) conta:

“Durante a oração me apareceu por três vezes a imagem de uma flor. Na primeira vez era maravilhosa, cheia de frescor e colorido. Eu me sentia feliz! Depois vi a mesma flor fechada, murcha, tinha perdido completamente sua beleza. Eu me sentia triste! Eis, porém, que uma gota de água cai sobre a flor murcha, e logo ela readquire o seu frescor e brilho! Tentei entender o que poderia significar para mim esta visão, mas não consegui. Por isso resolvi perguntar a Nossa Senhora durante uma das aparições. Falei-lhe: ‘Nossa Senhora, o que quer dizer isto que acabo de ver durante a oração? Que significação tem essa flor?’. Nossa Senhora sorriu e respondeu: ‘O coração de vocês é como essa flor. Todo coração é maravilhoso na beleza criada por Deus. Mas quando sobrevém o pecado, a flor murcha e seu fulgor se esvai. Aquela gota caída sobre a flor, para fazê-la reviver, é o símbolo da Confissão. Vocês quando estão em pecado, não podem ajudar-se por si, mas precisam de um auxílio de fora’.”

Não existe homem sem pecado, somos todos pecadores e nos encontramos todos feridos pelo mal. Para o ferido são necessários remédios e cuidados, como para o doente é essencial a cura. Pois bem, isto é a Confissão! É a casa de cura e o “lugar de convalescença”, onde se restaura o nosso coração ferido e restabelece o nosso ser doente.

O médico que cura é o Senhor Jesus, através do seu mediador o sacerdote, que se encontra à disposição do pecador e, oferecendo-lhe íntima confiança, está pronto a ouvir seus problemas, seus defeitos e pecados.

A Confissão vai além do encontro amigável entre o homem que busca a reconciliação e deseja curar-se interiormente dos pecados perdoados e o homem que, em nome de Deus, o escuta e lhe diz: “Não tenha medo! Vá em paz e procure não errar mais”. A Confissão supera a condição de encontro humano, porque graças ao divino poder do Senhor Jesus, o homem é conduzido a um encontro com Deus, com o Pai Bom que, depois de ter esperado o filho por tanto tempo, corre agora para abraça-lo com alegria, lhe dá uma veste nova e o convida à mesa da Comunhão, onde se festeja a imensidade da Misericórdia divina. Justamente como nos vem descrito na parábola do filho pródigo que volta ao Bom Pai.

Trata-se do encontro mais extraordinário que possa existir: o encontro com Cristo, que é, no mais maravilhoso dos modos, o encontro entre o ferido e o Médico, entre o pecador e o Santo, entre o mutilado e o Consolador, entre alguém que é degradado e Aquele que eleva os degradados, entre o esfomeado e Aquele que sacia toda a fome, entre alguém que se perdeu e Aquele que deixa as noventa e nove ovelhas para procurar somente a extraviada!

Em resumo, o encontro entre alguém que jaz no escuro e Aquele que garante a Luz.

Entre alguém que não tem caminho e Aquele que disse ser o Caminho.

Entre um que se acha morto e Aquele que assegura ser a Vida.

Entre o solitário e Aquele que deseja ser o Amigo mais autêntico.

Confessor e penitente, Divino e humano, no encontro determinado pela Confissão, festejam no fundo a Caridade, o Amor e o Perdão de Deus. O Sacramento da Reconciliação é um ato que contém em si a Glória de Deus e representa um momento de extrema alegria!