DOS CADERNOS DE MARIA VALTORTA
DOS CADERNOS DE MARIA VALTORTA
«Vinde a Mim para se salvarem! Chore não apenas de arrependimento pelo bem-estar material que você perdeu, mas de remorso por ter sido desmerecido de Deus.
Chora, mas chora batendo no teu peito, chora nas minhas mãos que, se te batiam, o fizeram por amor, para te acordar do sono mórbido em que caíste e onde morrerás se ficares aí.
Pare de adorar aqueles que não são Deus. Você ainda não se convenceu de que o que você adora contra a Lei se torna um castigo para você? Não diga que você não acreditou, você não sabia.
Há um século venho aumentando as “vozes” e as aparições, ambos milagres do Bem, para chamar você de volta ao meu Caminho.
Durante um século, aumentei o peso das punições para chamar você de volta à minha Lei. Não conte com nada. E quanto mais Deus fica longe, mais você fica longe Dele em vez de chamá-lo.
Como vou chamar-te para te dar o nome exato? Vou chamá-lo de “Malícia” porque você se encheu de malícia, você se vendeu à Malícia.
Não, você não pode me acusar de nada. Não sou eu quem te destruo. É você que fechou as portas para o Amor que cuidou de você como um pai curvado sobre as cunhas de seus filhos e você abriu as portas para Satanás.
Na minha justiça que não pode permanecer passiva, ainda sou indulgente. Lembro-lhe, em meio a chuvas de infortúnios, que eu sou Deus e não há outro além de mim.
Lembro-te que eu sou o Poderoso e Perfeito e tu a lama que é algo enquanto estiver sob a ação da Graça, orvalho santo que impede que a lama se transforme em pó.
Lembro-vos que quem se desvia de mim cai em excessos e causa ruína. Recordo-te que a palavra e as promessas dos homens são uma nuvem que passa e que muitas vezes se desfaz em raios, e que uma só é a Palavra e a Promessa que salva. Aquela do seu Deus.
E se para apoiar sua tese de endemoninhados você me disser que em punir, mesmo os justos caem com os culpados, eu digo a você que não eu, mas vocês são os seus assassinos, e vou pedir-lhe um relato desse sangue, ó raça de hienas que vivem somente dilacerando, ó raça de cobras, porque passa estrangulando ou contaminando mentes e corações com o seu veneno.
Não, não serei severo com aqueles que não sabiam o que era Deus, mas com vocês, cristãos, que são Judas, serei de uma severidade implacável».