“Ser Jesus no filme ‘A Paixão de Cristo’ arruinou minha carreira, mas não me arrependo”
O ator norte-americano Jim Caviezel explicou que ter interpretado Jesus no filme A Paixão de Cristo “arruinou” sua carreira mas esclareceu que não se arrepende de tê-lo feito.
Em declarações ao Daily Mail, Caviezel explica como logo depois de ter interpretado o papel de Cristo no filme – em cuja filmagem foi atingido por um raio e deslocou um ombro em uma cena da crucificação – as portas de Hollywood foram fechando-se uma atrás da outra para ele. “Fui rechaçado por muitos em minha própria indústria”, indicou.
Ante um grupo de fiéis em uma igreja em Orlando, Flórida, onde chegou para promover um livro em áudio da Bíblia, Caviezel comentou que era consciente de que isto podia acontecer e não se arrepende de ter atuado como Cristo. Mel Gibson, o diretor da obra, também o advertiu das conseqüências negativas para sua carreira se aceitasse o papel.
“Disse-me: ´Você nunca voltará a trabalhar nesta cidade (Hollywood) e eu respondi: ‘Todos temos que abraçar nossas cruzes’. Jesus é tão polêmico hoje como sempre foi. As coisas não mudaram muito em dois mil anos”, disse.
Caviezel, quem atuou em filmes como O Conde de Montecristo, Olhar de Anjo, e Além da Linha Vermelha era considerado antes da Paixão de Cristo como uma estrela ascendente em Hollywood, mas tudo mudou a partir da produção de 2004 que foi atacada ferozmente pelos meios seculares.
O ator afirmou também que sua fé o guia no âmbito pessoal e profissional. Por isso, não acredita que tenha sido uma coincidência que “aos 33 anos pedissem interpretar o papel de Jesus” e brincou sobre o fato de que seus iniciais (JC) fossem as mesmas que as de Jesus Cristo.
Em março de 2004, Jim Caviezel foi recebido pelo Papa João Paulo II com quem conversou durante uns dez minutos acompanhado por sua esposa e seus sogros. Esse mesmo mês, o ator concedeu uma interessante entrevista à agência ACI Prensa na que detalhou como o fato de ter interpretado Jesus transformou sua vida e fortaleceu muito sua fé.
Naquela ocasião disse: “esta experiência me jogou nos braços de Deus”.