Não aceite as migalhas do mundo, se na casa do Pai tem o melhor pra você
Quem não conhece a parábola do filho pródigo, contada por Jesus? Até mesmo quem não é cristão. O filho que sai da casa do pai em busca de aventura e se acha suficientemente bom pra viver no mundo por conta própria. Porém um dia, se vê solitário e infeliz… e o destino final da sua vida se torna claro: ou retorna à casa do pai ou morrerá na sua própria miséria. Humildemente, decide retornar ao pai e pedir-lhe perdão, que o recebe de braços abertos, com muita festa e alegria.
Ainda hoje a história se repete, são muitos cristãos que dispensam a proteção e a companhia de Deus Pai para viverem uma vida mundana, solitária e de pecados, buscando a felicidade nos bens materiais, na diversão, na comodidade, no prazer, na libertinagem… ou seja, uma vida sem a Graça de Deus, que aos poucos, lhe trazem uma profunda confusão sobre suas próprias identidades, e uma amarga experiência de empobrecimento e desespero. Resta-lhes apenas recorrer à Misericórdia de Deus!
Quando o pecador reconhece suas fraquezas e misérias e se volta para Deus, se torna vítima da Sua compaixão e não se sente mais solitário e humilhado, e sim reencontrado e valorizado, pois o Senhor o coloca num lugar mais alto que estava anteriormente. E antes mesmo de levantar a mão pedindo a ajuda do Senhor, Ele já terá estendido a Sua mão para levanta-lo e ajuda-lo a seguir em frente. Deus jamais se cansa de perdoar e de facilitar o caminho da nossa reconciliação, porque o amor paterno de Deus inclina-se para todos os filhos pródigos e para qualquer miséria humana, especialmente para a miséria moral. Essa atitude misericordiosa de Deus deve ser motivo para nossa contrição.
Por isso, Deus criou a Igreja que, como mãe, intercede pelos seus filhos e aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador, especialmente da Eucaristia e da Reconciliação: “A Eucaristia aproxima-nos sempre daquele amor que é mais forte do que a morte”. Enquanto o Sacramento da penitencia, “aplaina o caminho a cada homem, mesmo se está sobrecarregado com graves culpas”, diz João Paulo II.
A Igreja, através dos Sacramentos, devolve-nos tudo o que perdemos por culpa própria: a graça e a dignidade de filhos de Deus. E assim como Jesus, ela manifesta sua infinita alegria por cada pecador que se converte, acolhendo com amor os filhos pródigos que voltam pra casa.