A riqueza dos dois sexos
Com o processo de globalização e o avanço tecnológico, o mundo atual vem sofrendo uma grande transformação, aonde a maioria das pessoas vem aderindo a uma mudança no seu comportamento e no seu modo de vida, influenciadas, principalmente pela mídia. Sabemos que a mídia, com seu poder de formação de mentes e de corações, exerce uma decisiva influência no psiquismo do ser humano, especialmente das crianças e dos adolescentes.
Tentando acompanhar esta evolução do mundo, a humanidade de hoje perverteu as noções de moral e de ética, abrindo caminho para a inversão de valores. Exemplo disso é a liberação sexual, e neste contexto o surgimento de novos tipos de “famílias”.
O conceito de família é: um agrupamento humano constituído, pela união indissolúvel, fundada no casamento, entre um homem e uma mulher, frutificada e ampliada pelos filhos gerados nessa sagrada unificação de vidas e corpos.
O mundo moderno quer nos impor uma nova sociedade, com um novo conceito de “famílias”: que pode referir-se a todo tipo de parceria justificada pelo relativismo moral, para subverter o conceito família, que deixa “de ter como raiz a união de um homem com uma mulher”. Assim, nos apresenta uma visão antinatural de sexualidade autoconstruída a serviço do prazer. Ou seja, o conceito família passa a significar qualquer agrupamento cuja única razão de ser seja a coabitação sexual.
O Cardeal Ratzinger afirma: “O caráter típico dessa nova antropologia, concebida como fundamento da Nova Ordem Mundial, manifesta-se, sobretudo, na imagem da mulher na ideologia do ‘Womes’s empowerment’ [empoderamento da mulher] proposta por Pequim. O objetivo em vista é a auto realização da mulher, que encontra os seus principais obstáculos na família e na maternidade. Assim, a mulher deve ser libertada, sobretudo do que a caracteriza e lhe dá nada mais que a sua especificidade: esta é chamada a desaparecer diante de uma ‘Gender equity and equality’ [equidade e igualdade de gênero], diante de um ser humano indistinto e uniforme, em cuja vida a sexualidade não tem outro sentido senão o de uma droga voluptuosa, a qual se pode usar sem critério algum”.
Este é o ponto chave da nova sociedade que pretende impor a Nova Ordem Mundial. Nele se baseia o reconhecimento social e jurídico do homossexualismo, o pseudodireito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, o direito a adoção de crianças por parte desses casais, a afirmação do aborto a título de direito humano reprodutivo da mulher e a ideologia de gênero… ou seja, “o sexo não seria um dado originário da natureza, mas uma função social que cada qual decide autonomamente”. Papa Bento XVI
A propósito da ideologia de gênero, o documento de Aparecida diz: “Entre os pressupostos que enfraquecem e menosprezam a vida familiar encontramos a ideologia de gênero, segundo a qual cada um pode escolher sua orientação sexual sem levar em consideração as diferenças dadas pela natureza humana. Isto tem provocado modificações legais que ferem gravemente a dignidade do matrimônio, o respeito ao direito à vida e a identidade da família”.
Para finalizar, cito as palavras do Cardeal Orani João Tempesta: “Fazemos votos para que todas as forças vivas da nação se unam em defesa da vida e da família e, consequentemente, da sociedade em geral a fim de que possamos, diante de Deus, deixar ao nosso povo em geral, especialmente às nossas crianças, adolescentes e jovens, a certeza de que não fomos omissos e lutamos, dentro da lei e da ordem, para que uma ideologia que pretende ser ‘revolucionária’ como a de gênero não os prejudicasse. Nem hoje, nem amanhã.”