Vocação! Um chamado, uma resposta!
VOCAÇÃO! UM CHAMADO, UMA RESPOSTA!
Como discernir uma vocação?
Deus ainda chama?
Come Ele faz este chamado? Como fazer para ouvir sua voz?
O que as pessoas experimentam quando sente este chamado?
Estas são apenas algumas das tantas perguntas que já ouvi no curso destes anos como promotor vocacional. Quantas perguntas, quanta curiosidade, mas ao mesmo tempo quanta vontade, quanto desejo de compreender o que se passa no interior da pessoa, cuja aparência é normal como a de tantas outras e Deus.
Aquele Deus que para muitos parece estar distante, longínquo, um Deus mudo e imóvel como já ouvi dizer. Entretanto, que num certo momento entra na vida de algumas pessoas e faz este belíssimo chamado, este maravilhoso convite a segui-Lo mais de perto. Tudo começa a partir de um olhar, sim, de um simples olhar. Foi o que aconteceu comigo durante uma adoração Eucarística, de um olhar completamente diferente daqueles outros tantos. Foi um olhar profundo, intenso, que sabe transmitir amor. Este olhar, posso dizer, revitaliza, recria, rejuvenesce, leva a pessoa a outro nível da sua existência.
Aquele nível para o qual foi criado e sempre pensado. Este é o olhar de Deus sobre nós, é totalmente diferente do olhar de uma criatura qualquer, “Tu me seduzistes e eu me deixei seduzir” relata o profeta Jeremias no seu testemunho (Jr 20, 7). Uma vocação religiosa, sacerdotal pode ser compreendida somente a partir deste prisma. É uma experiência singular!Sendo assim, o amor vivido e experimentado deixa na pessoa um sinal, um marco que ela levará por toda a vida, isto fará com que ela toma consciência de que foi pensada, amada e sustentada por Deus. Não obstante o que ela fez ou que tem feito, quais foram os caminhos que ela percorreu e lugares frequentados ou grupo de convivência.
Tudo isso diante do olhar amoroso de Deus passa a ser supérfluo e efêmero. É este movimento teândrico, isto é, divino e humano, que conduzirá internamente a pessoa a ver sua realidade e confronta-la com a realidade e os planos d’Aquele que a olha. Poderíamos concluir: Mas isso é o processo de uma conversão. Sim! É justamente o processo de uma conversão. A pessoa não pode passar por tudo isso e continuar sendo a mesma, ela deve encontrar nesta experiência sua nova e antiga identidade. Qual? Aquela que Deus pensou ao cria-la, sua imagem e semelhança, criada para a liberdade e para o amor. É nesta profunda descoberta que ela começa a sentir o que Deus quer e espera dela. Destarte, uma porta se abre e um novo horizonte é contemplado.
Quanto ao processo do chamado e seu desenvolvimento, o que fazer e quais os passos que deverão ser dados, isso deixarei para uma segunda ocasião… Até breve!!!