6º Domingo da Páscoa

madre-teresa-de-calcuta

1ª Leitura – At 10,25-26.34-35.44-48
Salmo – Sl 97,1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b)
2ª Leitura – 1Jo 4,7-10
Evangelho – Jo 15,9-17

“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros assim como Eu vos amei!”

“Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor.11Eu eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. 12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros.”

Comentário por Padre Simeão Maria, fmdj.

O Evangelho deste domingo situa-nos, outra vez, em Jerusalém, numa noite de Quinta-feira do mês de Nisan do ano trinta. A festa da Páscoa está muito próxima e a cidade está cheia de peregrinos. Jesus também está na cidade com o seu grupo de discípulos. Os discípulos são o fruto da obra de Jesus. Eles formam uma comunidade de homens livres, que acolheram e assimilaram a proposta salvadora que o Pai lhes apresentou em Jesus. Eles nasceram do amor do Pai, amor que se fez presente na ação, nos gestos, nas palavras de Jesus. A mensagem de Jesus na última Ceia reunido com seus irmãos é o Seu Testamento Espiritual. Esse encontro acontece em clima de despedida. Nessa hora o que predomina é o amor. Deu-se-nos nas Espécies de pão e vinho, que é seu Corpo repartido e seu Sangue derramado.

Eucaristia, caridade fraterna é o Cristo sacramentado, sinais sensíveis e reais da sua presença entre nós. O Senhor deixou-nos em memorial e testamento: o amor ao próximo. Ao partir, Ele quis deixar em nossas mãos e em nossos pés o amor ao próximo que lhe devemos. A verdade da nossa vida e do amor a Deus está na prova do amor aos outros. “Se alguém disser: amo a Deus, mas odeia o seu irmão, é mentiroso; pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê” (1 Jo 4,20). No amor fraterno está o vínculo que nos liga a Cristo e ao Pai. O mandamento novo de Cristo é o amor novo, a vida nova. Tudo é espantoso e novidade no Cristo ressuscitado. A novidade do mandamento novo está na medida do amor: “Como eu vos amei” (v. 12). A medida do amor não é o ser humano, mas o Cristo Jesus.

Cristo amou-nos encarnado e dando a vida por nós, como a maior prova de amor. Amar é assim. Quem quiser ser de Cristo, deve imitá-lo no seu amor pelos amigos e inimigos. Cristo amou aceitando os pessoas como elas são, ele assumiu a totalidade da vida. O cristão morre como Cristo para que o mundo creia no amor. O nosso amor ao próximo é um amor crucificado. Morremos na cruz das exigências, quando renunciamos ao egoísmo.

Amar é doar-se. Doando-nos aos irmãos em provas de estima e confiança, em servir e não esperar de sermos servidos. É preciso perder a vida para ganhar.