25º Domingo do Tempo Comum

vinhaLeituras:
1ª Leitura – Is 55,6
Salmo – Sl 144,2-3.8-9.17-18 (R. 18a)
2ª Leitura – Fl 1,20c-24.27a
Mateus 20,1-16a

“Ide também vós para a minha vinha!”

“Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: 1‘O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha!

E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: `Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: `Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: `Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: `Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’ 9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12`Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’. 13Então o patrão disse a um deles: `Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16aAssim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.”

(Por Padre Simeão Maria, fmdj)

A parábola dos trabalhadores da vinha, como a parábola do filho pródigo, são a revelação do amor misericordioso. Deus quer salvar todos os homens. Mas os fariseus não compreendiam. E nós compreendemos? Deus convidou os primeiros, o povo de Israel, e convidou os últimos, o novo povo de Deus. O Senhor não nos obriga trabalhar na sua vinha, mas contrata-nos. Os trabalhadores da última hora são aqueles que ninguém contratou, como Zaqueu, o bom ladrão, os publicanos e pecadores. Trabalhar na vinha é trabalhar pelo Reino de Deus em nós e nos outros, é lutar para cumprir a vontade de Deus. Seja qual for a hora em que fomos contratados, não há privilégios, porque todos fomos contratados pelo amor misericordioso do Pai. Devemos traduzir com as nossas ações a solicitude de Deus, que nos contrata pelo preço inesperado do seu Amor Infinito manifestado no seu Filho Jesus. O trabalho que temos que desenvolver e a pobreza improdutiva de aprendizes do amor. Como pagamento imerecido no fim do dia, Ele dá-nos um Reino por herança.

No final do dia, os trabalhadores foram chamados diante do senhor da vinha, a fim de receberem o pagamento pelo trabalho. Todos – quer os que só tinham trabalhado uma hora, quer os que tinham trabalhado todo o dia – receberam a mesma quantia: uma moeda de prata. Contudo, os trabalhadores da primeira hora manifestaram o seu descontentamento por não terem recebido um pouco mais com relação aos demais. Eles protestaram contra o amor. Por isso, cometem o pecado da inveja. O patrão responde a um deles: “Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom? ” (v.15). Quiseram impor limites ao amor do coração de Deus. Mas o amor de Deus ultrapassa toda a lógica concebível pela nossa razão. Porque Ele não cumpre regras, mas ama, porque ama. Amou os primeiros tanto quanto os últimos. O amor de Deus é desconcertante. Sobre as nossas previsões e pensamentos prevalece a bondade de Deus que atua como quer e deseja em seu desígnio.