Natal de Jesus ou do consumismo?
Atualmente a proximidade do Natal se traduz em comprar presentes, decorar a casa, preparar a ceia, ruas cheias de trânsito e shoppings barulhentos e lotados. Um cenário que se repete todos os anos, com detalhes planejados para criar o que ficou convencionado como o “espírito de Natal”: a necessidade de comprar, comprar e comprar. Tudo faz parte de um ritual, instigado cuidadosamente pela mídia, que se resume no ato de “comprar” ou, melhor dizendo, no consumismo. E assim, o consumismo virou mais que prazer e hábito cultural… virou um dever, uma obrigação.
Não existe nada de errado em querer presentear as pessoas e entrar no clima da época com os familiares e amigos. Porém comemorar o Natal deve ir muito mais além que fazer compras em shoppings centers, precisamos nos preparar para receber Nosso Senhor que vem a nós. E a exemplo de Jesus Cristo, ser um sinal de contradição na sociedade, buscando a construção da justiça, da paz e da fraternidade. É com esse espírito que os cristãos devem celebrar o Natal.
Para isso a Igreja nos põe de sobreaviso com quatro semanas de antecedência a fim de que nos preparemos para celebrar o Natal de Jesus. Um momento forte de reflexão, marcado pela expectativa da chegada Daquele que há de vir. É momento de discernir, através do exame de consciência, as coisas que nos separam de Nosso Senhor e lança-las para longe de nós, de maneira a melhorar nossa pureza interior para receber Deus. Resumidamente, o Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, marcado pela conversão de vida.
Nossa Senhora esperou com grande recolhimento o nascimento de Jesus, assim também nós devemos preparar nossas almas para a chegada do Menino Jesus, de maneira que Ele não nos encontre absorvidos em coisas que têm pouca ou nenhuma importância diante de Deus. Sigamos o conselho materno de Nossa Senhora, a Rainha da Paz:
“Queridos filhos, hoje os convido, de modo particular, a se abrirem a Deus, e cada um de seus corações se torne hoje o lugar em que nasce o pequeno Jesus. Filhinhos, Deus me concede todo este tempo para estar com vocês porque desejo conduzi-los à alegria de suas vidas. Filhinhos, a única verdadeira alegria de suas vidas é Deus. Por isso, queridos filhos, não procurem a alegria nas coisas terrenas, mas abram os seus corações e aceitem Deus. Filhinhos, tudo passa, só Deus permanece no coração de vocês. Obrigada por terem respondido ao meu chamado.” – 25 dez 2007